Espaço de compartilhamento, registros, sensações, reflexões, discussões, expressões, imagens, sons, vazios... de diversos elementos da forma e do conteúdo da arte e da vida. Blablabla...

"(...) não o grites de cima dos telhados, deixa em paz os passarinhos (...)"

"(...) Quem pode, pode Deixa os incomodados que se incomodem (...)"

"(...) um coturno (...) sapatilhas de arame (...) alpercatas de aço (...) pés descalços sem pele (...) um passo que a revele (...)"

"(...) Pra pedir silêncio eu berro Pra fazer barulho eu mesma faço (...)"

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Músicas que fazem sentido na minha vida



“...o passado é uma roupa que não nos serve mais...”




  Buenos Aires, linda!

Foto da Bienal

Gente, a foto abaixo eu fiz na Bienal de SP neste ano que passou. 

É de celular, bem "amadorinha", mas sempre vale a intenção de compartilhar coisas belas.


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Hoje é pura poesia

Necessidade de ler poesia. Fui pela mão do Ferreira Gullar. Deixo aqui, então, uma que gosto dele, e a fonte.

Té.


Narciso e Narciso

Se Narciso se encontra com Narciso
e um deles finge
que ao outro admira
(para sentir-se admirado),
o outro
pela mesma razão finge também
e ambos acreditam na mentira. 
Para Narciso
o olhar do outro, a voz
do outro, o corpo
é sempre o espelho
em que ele a própria imagem mira.
E se o outro é

como ele
outro Narciso,
é espelho contra espelho:
o olhar que mira
reflete o que o admira
num jogo multiplicado em que a mentira
de Narciso a Narciso
inventa o paraíso.

               
                E se amam mentindo
                                no fingimento que é necessidade
                                e assim
               
                mais verdadeiro que a verdade. 
Mas exige, o amor fingido,
ser sincero
o amor que como ele
é fingimento.
                    
E fingem mais
os dois
com o mesmo esmero
com mais e mais cuidado

               
        - e a mentira se torna desespero.
Assim amam-se agora

                    
se odiando. 
O espelho
               
embaciado,
já Narciso em Narciso não se mira:
se torturam
se ferem
não se largam

                      
que o inferno de Narciso
                      
é ver que o admiravam de mentira.

Fonte: http://literal.terra.com.br/ferreira_gullar/porelemesmo/narciso_e_narciso.shtml?porelemesmo
 

Fotografia que tirei em Buenos Aires.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Estava vendo fotos

Estava vendo fotos aqui no computador, de alguns lugares que visitei e momentos que vivi, e decidi colocar algumas aqui... seguem:

 Nós na festa de formatura do Titi.

 Amigos queridos: Ju e Ricardo.

  Amigos queridos:Maik e Lau.

 A gente brincando no carnaval.

 Em Buenos Aires.

Praia no inverno. Adoro. SC. 

 Aqui é no Uruguai.

Aqui também.


Pedaço de comentário

Estava respondendo um comentário aqui mesmo no blog e acabei escrevendo uma coisa que achei bacana. Fica então, aqui, para dar mais atenção quando palavras saem espontaneamente. Não tenho pretensão nenhuma enquanto formato textual. Só um fluxo.


Sinto apenas o tempo que não tenho para assistir/ouvir/ler tudo o que gostaria... por mais que faça mil coisas, sempre tenho a sensação que ainda falta. E falta. A relação com o tempo é muito particular: sempre me parece que a juventude é um incômodo, pois falta experiência para tanta coisa. E tudo o que eu gostaria de já ter visto/vivido e que não foi possível pois ainda sou jovem o bastante para não ter tido este tempo de fazer algumas coisas. Paradoxalmente, percebo o tempo passando e o que já passou, e que já não sou mais adolescente, e vejo as coisas que não fiz, por ter feito outras. Duvido então das minhas escolhas, dos meus caminhos.
Às vezes paro. Como se estacionasse no meu corpo. Só. 



Aqui foi uma peça que eu fiz quando estava na graduação, no DAD/UFRGS.




Aqui é em Buenos Aires. 



terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Para existir, basta abandonar-se ao ser...

Para existir basta abandonar-se ao ser

mas para viver
é preciso ser alguém
e para ser alguém
é preciso ter um OSSO,
é preciso não ter medo de mostrar o osso
e perder a carne na passagem…

[Artaud, Antonin. Pour en finir avec le jugement de dieu]


Imagem do espetáculo Sem Açúcar, do grupo Neelic. Fotógrafo: Kiran Federico León.

Amor Pra Recomeçar

Hoje vamos de Frejat?

Segue o vídeo e a letra, logo abaixo...


Amor Pra Recomeçar
Frejat
Composição: Frejat/Mauricio Barros/Mauro Sta. Cecília


Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade tem
Prazer e medo...
E com os que erram
Feio e bastante
Que você consiga
Ser tolerante...
Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...
Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar...
Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um
Você possa confiar
E que tenha até
Inimigos
Prá você não deixar
De duvidar...
Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...
Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar...
Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...
Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar...
Eu desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar
Prá recomeçar...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

...

Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.
 
(Perto do Coração Selvagem)
 
Clarice Lispector


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Matando a saudade

Estava meio nostálgica assistindo um vídeo que meus alunos fizeram para mim em 2009. Lembrei então de postar aqui que temos, no Neelic, um canal no YouTube, e de convidar você a dar uma olhadinha.

http://www.youtube.com/user/neelic8

Ah, e o vídeo que eu estava assistindoé esse:

Dica de filme

Ontem vi um filme angustiante, que me provocou a uma reflexão sobre um tema já meio batido, o do terrorismo. Quando isso acontece acho bem bom, porque poderia ser "só mais um filme sobre o terrorismo", entende?

Bem, fica a dica: Enterrado Vivo (2010 - Espanha - Direção Rodrigo Cortés)


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Beckett: um dos meus maiores amores

"Que diferença faz que um grito seja forte ou fraco? O que é preciso é que ele pare. Durante anos eu acreditei que iriam parar. Agora já não acredito mais. Teriam sido necessários outros amores, talvez. Mas o amor, isso não se tem quando se quer." 

(S. Beckett)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Relançamento de livro - Galeano

 A dica é da Livraria Bamboletras. Ao final do material sobre o livro, está o endereço deles.

As veias abertas da América Latina

 - Eduardo Galeano -

O livro As veias abertas da América Latina, lançado pela primeira vez em 1978, acaba de ser relançado pela L&PM Editores com muitas novidades. A nova tradução, feita por Sergio Faraco, um dos mais importantes contistas do Brasil, fez com que Galeano dissesse que sua obra "soa melhor em português do que em espanhol".

Além disso, o livro ostenta uma nova capa e um completo índice analítico.  As veias abertas da América Latina é lançado em formato pocket e em edição tradicional.

No prefácio, escrito em agosto de 2010, especialmente para esta edição,  Galeano lamenta "que o livro não tenha perdido a atualidade". Remontando a 1970, quando a maioria dos países do continente padecia facinorosas ditaduras, este livro tornou-se um autêntico "clássico libertário", um inventário da dependência e da vassalagem de que a América Latina tem sido vítima, desde que aqui aportaram os europeus, no final do século XV. No começo, espanhóis e portugueses. Depois vieram ingleses, holandeses, franceses e, modernamente, os norte-americanos. Desde então o ancestral cenário permanece: a mesma submissão, a mesma miséria, a mesma espoliação.

As veias abertas da América Latina vendeu milhões de exemplares em todo o mundo. Com seu texto lírico e amargo a um só tempo, Galeano sabe ser suave e duro, e invariavelmente transmite, com sua consagrada maestria, uma mensagem que transborda humanismo, solidariedade e amor pela liberdade e pelos desvalidos.


Eduardo Galeano nasceu em Montevidéu, Uruguai, em 1940. Em sua cidade natal, foi chefe de redação do semanário Marcha e diretor do jornal Época. Fundou e dirigiu a revista Crisis, em Buenos Aires. A partir de 1973, esteve exilado na Argentina e na Espanha; no início de 1985, voltou ao Uruguai, residindo desde então em Montevidéu.

 A trilogia Memória do fogo foi premiada pelo Ministério da Cultura do Uruguai e recebeu o American Book Award (Washington University, EUA) em 1989. Em 1999, Galeano foi o primeiro autor homenageado com o prêmio à Liberdade Cultural, da Lannan Foundation (Novo México). É autor de De pernas pro ar, Dias e noites de amor e de guerra, Futebol ao sol e à sombra, O livro dos abraços, Memória do fogo (que engloba Os nascimentos, As caras e as máscaras e O século do vento), Mulheres, As palavras andantes, Vagamundo e As veias abertas da América Latina (todos pela L&PM Editores).

Livraria Bamboletras

Endereço:
Rua General Lima e Silva, 776
Loja 03
Centro, Porto Alegre / RS

De segunda a sábado, das 10h às 22h30. Domingo e feriado, das 14h às 21h.
Telefones:
(51) 3227-9930
(51) 3221-8764


Clip

Sabe quem eu adoro também? Clara Nunes. Deixo ela aí para nós!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Resposta

Vanda: muita saudade tua!!!

Foto

A fotografia abaixo é do espetáculo O Rinoceronte, dirigido por mim, que estreou neste ano que passou, na sala do Neelic (504) na Usina do Gasômetro. Voltamos em cartaz em 2011, para quem ainda não foi, vale a pena conferir!

Clau Fertsch e Carlos Araújo procuram rinocerontes. Fotografia: Kiran Federico León.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Pra quem teve infância nos 80

 


Artes Visuais

Sabe... às vezes eu tinha vontade de parar tudo e estudar Artes Visuais, só para mergulhar com a devida profundidade nos universos de artistas como Picasso, Van Gogh e Dalí.

Deixo imagens que me tocam, do Picasso.