Espaço de compartilhamento, registros, sensações, reflexões, discussões, expressões, imagens, sons, vazios... de diversos elementos da forma e do conteúdo da arte e da vida. Blablabla...

"(...) não o grites de cima dos telhados, deixa em paz os passarinhos (...)"

"(...) Quem pode, pode Deixa os incomodados que se incomodem (...)"

"(...) um coturno (...) sapatilhas de arame (...) alpercatas de aço (...) pés descalços sem pele (...) um passo que a revele (...)"

"(...) Pra pedir silêncio eu berro Pra fazer barulho eu mesma faço (...)"

terça-feira, 22 de março de 2011

García Lorca - poema

Gente, 

me envolvi em muitos trabalhos e estudos nestes últimos dias, por isso fiquei por um tempo sem postar. A "vida real" gritou mais alto que a "vida virtual", e quando uma grita, a outra silencia - respeitosamente.

De qualquer forma, cá estou eu, de volta com meus pensamentos e compartilhamento de experiências e obras que gosto.

Trouxe então um poema do García Lorca, que foi o primeiro autor clássico que trabalhei como atriz. Fazia a personagem da avó em "A Casa de Bernarda Alba", e foi meu primeiro trabalho de porte significativo.

Deixo abaixo o poema:

"Un ataúd con ruedas es su cama

a las cinco de la tarde.

Huesos y flautas suenan en su oído

a las cinco de la tarde.

El toro ya mugía por su frente

a las cinco de la tarde.

El cuarto se irisaba de agonía

a las cinco de la tarde.

A lo lejos ya viene la gangrena

a las cinco de la tarde.

Trompa de lirio por las verdes ingles

a las cinco de la tarde.

Las heridas quemaban como soles

a las cinco de la tarde,

y el gentío rompía las ventanas

a las cinco de la tarde.

A las cinco de la tarde.

¡Ay qué terribles cinco de la tarde!

¡Eran las cinco en todos los relojes!

¡Eran las cinco en sombras de la tarde!"

( Do poema "La Cogida y la Muerte", em "Llanto por Ignacio Sánches Mejías")

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